“Ao encerrarmos este nosso Mutirão é hora de alargarmos nossas tendas pessoal, comunitária, eclesial e social”
*Por comunicação da 6ªSSB
“Transformar o Brasil a partir da Igreja”, motivou o Pe. Dario Bossi, assessor da Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora (Cepast) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no encerramento do processo da sexta edição da Semana Social Brasileira (6ª SSB), na tarde de hoje, dia 22, em Brasília–DF, na Casa de Encontros Dom Luciano Mendes de Almeida.
A partir dos princípios de um poder popular e de um projeto anticolonial, “o Brasil que temos” analisado no evento eclesial que iniciou no último dia 20 e que conclui a 6ª SSB, foi observado enquanto prioridade num processo de democracia participativa e da comunicação; no viés da reforma tributária, num controle popular do orçamento público, contra a precarização do trabalho na construção de uma economia solidária foi observada pelo Pe. Dario na busca de uma interiorização das políticas públicas sociais por parte dos territórios.
A moradia como direito, bem como numa postura contrária à concentração da terra e dos bens nas mãos de uns poucos, a reflexão da semana, segundo o assessor da Cepast, indicou a edificação de um sistema único de ações eclesiais nos processos permanentes de articulação, formação e organização.
O Pe. Dario apresentou, ainda, as Campanhas da Fraternidade (CF), realizadas anualmente nas comunidades no Brasil, “como contexto propício para a mobilização das pastorais sociais”. A incidência compartilhada dos trabalhos de ações sociais da Igreja foi frisada por ele como compromisso necessário para a sinergia orgânica dos esforços dos pares que integraram o “Mutirão pela Vida – por Terra, Teto e Trabalho”, proposto pela 6ª SSB.
A partir da reflexão da semana, o assessor da Cepast informou que em dois meses a coordenação nacional elaborará um Projeto Popular como fruto dos processos da sexta edição da SSB, firmados desde 2020 pela Igreja no Brasil em comunhão com os movimentos populares em todo o país. A apresentação da ideia será divulgada pela Comissão no Fórum das Pastorais Sociais que ocorrerá no próximo mês de agosto, entre os dias 2 e 4, em Brasília.
“Ao encerrarmos este nosso Mutirão é hora de alargarmos nossas tendas pessoal, comunitária, eclesial e social. Seguimos adiante, avançamos para águas mais profundas, esperançarmos”, recitou em Mutirão os 150 participantes ao encerrar o evento eclesial e popular!
Momento de agradecimento e trabalhos realizados em mutirão. Foto Nívea Martins CáritasBr e 6ªSSB
AGRADECIMENTOS
“Foi um aprendizado muito grande com vocês! Escutar muito mais do que fazer!, disse o Frei Olávio Dotto, assessor da CEPAST que deixa a missão junto à CNBB, aos participantes após receber os agradecimentos pelos membros da Comissão e pelo presidente, dom José Valdeci Santos Mendes, bispo diocesano de Brejo–MA, pelos esforços nos últimos oito anos de assessoria.
Os agradecimentos foram feitos também aos novos assessores da Cepast, a saber, Pe. Dario e Alessandra Miranda. “O processo produziu em nós uma confiança”, afirmou Alessandra. Na ocasião, o Pe. Dario disse que o trabalho em comunhão efetivado pelos pares da Cepast constitui-se como “expressão de um trabalho no estilo sinodal, é o recorte que a nossa Comissão quer integrar, sempre conectada aos territórios”.
Texto: Pe. Tiago Barbosa, Pascom Sul 1 da CNBB e 6ªSSB
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