O evento reuniu representantes de todos os biomas em Brasília (DF) de 27 a 30 de novembro, com participação de representantes de todos os biomas brasileiros e da Rede Jubileu Sul Brasil.
A realidade nacional e mundial a respeito das mudanças climáticas, os impactos do desperdício de alimentos para o meio ambiente e para a humanidade, as interações entre economia e mudanças climáticas, acordo Brasil-Mercosul, questão energética, avaliação, desafios e potencialidades para 2023 foram temas que pautaram os três dias do Seminário Nacional do Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental (FMCJS). O momento também destacou as particularidades de cada bioma brasileiro diante das mudanças climáticas.
“A nossa participação no seminário confirma os laços da Rede Jubileu Sul Brasil (JSB) com o Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Siocioambiental (FMCJS), que é membro da Rede. Temos atuado juntos em diversos espaços não só no Brasil, mas também no cenário da América do Sul com o tema da justiça climática, levando toda a questão gerada pelos efeitos da exploração dos setores da mineração, do agronegócio e especialmente no campo do modelo predatório do setor energético”, destaca o articulador da Rede Jubileu Sul/Américas para o Cone Sul, Francisco Vladimir que representou a Rede Jubileu Sul Brasil na atividade.
A denúncia das falsas soluções tem marcado a atuação da Rede JSB em conexão com o FMCJS. “Não existe uma transição justa, no que diz respeito à questão ambiental e energética no Brasil. Por isso levamos para o seminário essa reflexão acumulada na articulação com diversos grupos que discutem as interações entre soberania energética e água, que envolvem Brasil, Paraguai e Argentina, levando para a pauta, por exemplo, a questão da hidrelétrica de Itaipu e os impactos vividos pelas populações indígenas no Brasil e no Paraguai”, complementou o articulador destacando as negociações para a renovação do tratado de Itaipu, documento que discute as condições de comercialização da energia gerada na hidrelétrica binacional que devem acontecer a partir de 2023, como oportunidade de incidência para a reparação dos danos causados para as populações do território ao longo das mais de três décadas de existência da hidrelétrica.
Os impactos do Acordo Brasil-Mercosul também foram pautados no seminário como relata Vladimir: “O acordo trará impactos reais para comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas, com efeitos dolorosos no campo ambiental e humano. Por isso sublinhamos que somos contra a forma com que esse acordo está sendo estabelecido, sem levar em consideração os impactos que já existem nos territórios e outros que se acumularão, caso seja de fato concluído. Compartilhamos essas preocupações no seminário no entendimento de que precisamos articular as forças organizadas para enfrentar esse cenário de aprofundamento dos impactos para a natureza e para a população brasileira”, conclui.
Durante o seminário, o Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental, rede de organizações da sociedade civil brasileira que tem como missão criar oportunidades para que as pessoas e entidades conheçam as causas do aquecimento global e ajam para superá-las, divulgou o documento no qual saúdam os trabalhos do Gabinete de Transição Governamental apresentam 10 propostas para o próximo governo do Presidente Lula para o tema das mudanças climáticas em suas ações e políticas públicas.
As propostas apresentadas são as seguintes:
Acesse a Carta Pública do Seminário Nacional do FMCJS 2022 – Promovendo transições a serviço da Vida. CARTA-PUBLICA-SEMINARIO-NACIONAL-FMJCS-2022
Rede Jubileu Sul
CAIS | Centro de Assessoria e Apoio a Iniciativas Sociais