"Contribuir com o fortalecimento das Organizações Sociais na perspectiva da defesa dos direitos e da transformação social, construindo parcerias e dando visibilidade a práticas sociais inovadoras".

Semana Laudato Si’ propõe reflexão com o tema “Esperança para a Terra, esperança para a humanidade

 

 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio de suas Comissões Episcopais Especiais para a Amazônia e para a Ecologia Integral e Mineração, o Movimento Laudato Si’ e a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil), iniciaram nesta segunda-feira (22), a abertura da Semana Laudato Si’ no Auditório Dom Helder Câmara, na sede da CNBB, em Brasília. Com a presença do secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, dom Vicente Ferreira secretário da Comissão de Ecologia Integral e Mineração da CNBB, Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima e do gerente para Ibero-América do Movimento Laudato Si’, Igor Bastos, a abertura das atividades da Semana Laudato Si’ marcou o dia mundial da Biodiversidade lembrado nesta segunda-feira, 22 de maio.

 

Com o tema “Esperança para a Terra, esperança para a humanidade”, dom Ricardo Hoepers destacou a união e perseverança para seguir com a proposta do papa Francisco para que a humanidade seja compromissada com a ecologia integral e o cuidado com a casa comum. “Precisamos ser unidos e perseverantes no propósito em garantir que terra, humanidade e esperança jamais se separem”. Frisou dom Ricardo na cerimônia de abertura.

 

O evento que marca o oitavo aniversário da encíclica do Papa Francisco sobre o cuidado da criação, inclui na programação a exibição do filme “A Carta”; que conta a história de quatro “poetas sociais” afetados pela crise climática e que viajam a Roma para se encontrar com o Papa Francisco. Dadá Borari, do povo Indígena Maró, no Estado do Pará, é um dos protagonistas do filme e também participou da cerimônia de abertura. “A luta coletiva é uma luta para o bem-estar de todos. O Papa Francisco está preocupado com a casa comum. Para nós povos originários, povos tradicionais e quilombolas, entendemos que a nossa casa comum é a floresta e que foi criada pelo nosso grande superior chamado Tupã Wuaçú, o nosso Deus.  [..] a nossa mãe terra está clamando por socorro”. Enfatizou Dadá em sua fala alertando para que a sociedade não trate as questões ambientais como mercadoria.

A ministra Marina Silva apontou que o entendimento sobre a criação é um dos passos importantes para cuidarmos da biodiversidade, em especial das riquezas naturais do Brasil que estão ameaçadas.  Ela citou a perseguição e ameaças aos povos indígenas nos últimos anos e reforçou o compromisso do atual governo em fazer a desintrusão das terras indígenas. A ministra reanimou o compromisso dos presentes com a casa comum.

 

O evento abre uma série de atividades nacionais e regionais nesta semana para sensibilizar a sociedade sobre as questões que envolvem a vida no planeta, o Cuidado com a nossa Casa Comum.  Entre estas atividades a semana promoverá um circuito de exibições do filme ‘A Carta: uma mensagem pela nossa Terra’, inspirado na Laudato Si’. Encontros com lideranças religiosas, políticas e de movimentos sociais, audiência pública, oficinas para juventude é um ato inter-religioso estão entre as atividades propostas.

Confira a programação da Semana Laudato Si’ no link https://laudatosi.my.canva.site/  e acompanhe as redes sociais das instituições.

 

A secretária executiva da Repam-Brasil, Ir. Maria Irene Lopes, falou da importância do compromisso de todos com a natureza e toda a forma de vida que pulsa no planeta e principalmente na Amazônia e citou a reflexão do esperançar do educador e pensador Paulo Freire.  “É preciso ter Esperança, mas ter esperança do verbo Esperançar, porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. A Esperança do verbo esperançar não é esperança, é esperançar. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir, esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com os outros para fazer de um modo diferente”.

 

Por Cláudia Pereira