Em entrevista à rádio AM 750, emissora de comunicação da Argentina, Paulo Maldos, secretário do Centro de Assessoria e Apoio a Iniciativas Sociais (CAIS), analisou a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva.
O ex-secretário nacional de direitos humanos no governo de Dilma Rousseff e ex-assessor de Lula da Silva, Paulo Maldos, assegurou que foi fundamental o reconhecimento internacional da vitória de Lula para evitar uma revolta e apoio a Bolsonaro. Para analisar a situação atual do país, Paulo Maldos dialogou com a AM750 e afirmou que o clima agora está muito melhor.
A extrema direita
A polícia rodoviária do Brasil (PRF) confirmou o fim dos bloqueios que obstruíram completamente as estradas do país, orquestrados por caminhoneiros bolsonaristas que não aceitavam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente eleito. A mesma polícia que confirma o término das manifestações, também foi envolvida em várias denúncias no nordeste do país no dia das eleições. A polícia rodoviária do país realizou operações que impediam as pessoas de votar que normalizou após intervenção do Tribunal Superior Eleitoral.
A tentativa das pessoas que se mobilizaram para pedir intervenção militar não surtiu efeitos. No entanto, Jair Bolsonaro tentou se aproximar do Alto Comando Militar para realizar uma mobilização parecida com o que Donald Trump fez quando perdeu as eleições nos EUA mas ‘não obteve aprovação’ deles, assim estes movimentos de setores da extrema direita aliados a Bolsonaro vão perdendo força, desmobilizando.
Foi fundamental o reconhecimento internacional da vitória de Lula para evitar uma revolta e apoio a Bolsonaro. O alto índice de votação do candidato de ultradireita seus massivos envios de dinheiro para vários parlamentares em todo o País e suas medidas superficiais e imediatistas em áreas sociais e de curto prazo na tentativa de obter uma melhor performance.
Maldos resume o governo do atual presidente com a palavra destruição.
A herança de Bolsonaro em matéria de Direitos Humanos é de muita morte, muita destruição, muitas lideranças populares, indígenas, camponeses e trabalhadores assassinados.
Também na área ambiental da gestão de Bolsonaro deixou muita destruição ambiental e desinteresse por todo o bioma amazônico. A continuidade de Bolsonaro teria significado o fim do pantanal do Mato Grosso e boa parte da Amazônia.