A publicação Estudos & Pesquisas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), traz uma análise a respeito das possíveis repercussões da pandemia sobre a categoria doméstica no Brasil. Para tanto, o texto se divide em três tópicos. No primeiro tópico, se discorrerá sobre a origem do
trabalho doméstico. No segundo, será traçado o perfil das pessoas ocupadas como empregadas domésticas no país, destacando-se seus atributos pessoais e socioeconômicos – como sexo, raça, faixa etária, posição no domicílio, composição do domicílio e vulnerabilidade à pobreza – características que as colocam em maior
risco neste período. No terceiro tópico, serão analisadas as condições do trabalho doméstico, por meio de aspectos relativos à legislação trabalhista, grau de formalização, atividades desempenhadas e remuneração, de modo a traçar um paralelo entre essas características e a maior vulnerabilidade da categoria ante a crise. Por fim, serão apresentadas algumas conclusões, bem como recomendações relativas às políticas que podem ser adotadas para minorar os danos da crise sanitária sobre a categoria.
A pandemia causada pelo coronavírus chegou ao Brasil em meio a um processo de recessão econômica e crise política, agravando ainda mais a situação do país. Enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) vinha em trajetória de crescimento muito lento, as taxas de desemprego mantinham-se altas e, concomitantemente, aumentava o emprego informal e a contratação por meio das novas modalidades de trabalho introduzidas pela reforma trabalhista, como as jornadas de meio turno e intermitente. As crises econômicas que repercutem sobre o mercado de trabalho impactam as diferentes classes sociais, gêneros, raças e grupos ocupacionais de maneira distinta. Isso ocorre porque a sociedade brasileira é estruturada a partir de desigualdades presentes nessas dimensões. Nesse sentido, mulheres que têm origem em segmentos sociais vulneráveis, pertencentes a grupos raciais marginalizados e precariamente ocupadas sofrem as consequências da crise de forma mais acentuada.
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