Em primeiro plano, a Avaliação serve para o próprio grupo que está envolvido no contexto do projeto. Serve para influenciar, mudar, rever a PRÁXIS do grupo, da equipe, das pessoas. Serve para que os sujeitos envolvidos dialoguem entre si e participem ativamente do processo avaliativo. É um momento importantíssimo para os grupos, pois é nele que a essência das motivações se afloram e podemos nos posicionar e fazer valer nossos pontos de vistas, nossa visão de mundo, nossa compreensão da realidade e nossa forma de abraçar a sonhada Transformação Social. Não podemos iniciar um processo avaliativo a partir de “medo”, com posturas “inflexíveis”, “autoritárias”, “excludentes”, como sujeito “passivo”.
Em uma proposta de Avaliação Participativa Libertadora, todos e todas são chamados a participar, como sujeitos-históricos partícipes da transformação.
Vamos brincar um pouco com a palavra AVALIAÇÃO. Podemos dizer que é justamente nesse momento que temos as condições necessárias para darmos o AVAL de nossa AÇÃO. Assim sendo, mesmo que, na Avaliação somos chamados a testar nossa capacidade de exercitar o “estranhamento”, a “indignação”, as “frustrações”, a capacidade de administrar as “tensões”, as “diferenças”, os “conflitos”, as “resistências” é justamente ela (a avaliação) que nos ajuda a dizer os caminhos que devemos continuar e as NOVAS ROTAS que devemos traçar para que o projeto, os processos, as decisões sejam verdadeiramente emancipatórios, promotores de libertação e de novos conhecimentos. Historicamente as tensões e os conflitos provocaram mudanças e elevação cultural, pois são justamente nesses momentos que se ressalta e se enaltece a critividade de todos/as envolvidos/as, direta e indiretamente. E na Avaliação não é diferente. Devemos aproveitar esse momento para desenvolvermos, coletivamente, os aprendizados que o processo propiciará.
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