Organizações que atuam com povos indígenas, comunidades tradicionais, camponeses, moradores das periferias de grandes cidades, assentados de reforma agrária, populações atingidas por grandes projetos de mineração. São estas as participantes dos processos de formação oferecidas pelo Centro de Assessoria e Apoio a Iniciativas Sociais (CAIS). Quatorze delas acabam de concluir a segunda etapa de formação em PMA, ou, Planejamento, Monitoramento e Avaliação orientados a Efeitos.
Se a primeira etapa teve o foco no monitoramento de efeitos das ações realizadas, a segunda centrou esforços na avaliação de efeitos e a importância de comunicar avanços da execução dos projetos em relatórios narrativos.
De acordo com Adriano Martins, assessor do CAIS responsável pela facilitação da oficina que ocorreu em Brasília na primeira semana de agosto, o desafio foi apresentar métodos e ferramentas que facilitem uma avaliação mais profunda dos efeitos de um projeto social.
“Além disso, buscamos oferecer ferramentas que ajudem a evidenciar melhor estes efeitos nos relatórios narrativos. São grandes os desafios porque, muitas vezes, equipes que desenvolvem excelentes trabalhos, que realmente provocam mudanças positivas na vida das pessoas, mas que não conseguem comunicar a riqueza destes efeitos nos relatórios narrativos. Tivemos várias atividades práticas cujo objetivo foi exercitar o nosso olhar para perceber e evidenciar os efeitos de um projeto social”, destacou Martins.
Trabalhos que tem ajudado o Serviço de Educação Popular (SEDUP), de Guarabira, na Paraíba, a reorganizar a estrutura interna da organização. Para Rozangela Silva, que participa das formações do CAIS desde o ano passado, as oficinas trazem vários elementos, como a organização de relatórios, formas efetivas de monitoramento e planejamento. “É uma assessoria de muita luz. Estávamos em uma situação de repensar um novo formato para a gente e como esse processo conseguimos construir esse novo olhar de forma muito objetiva e solidária”, comemorou.
Colega de Rozangela no SEDUP, Renildo Moraes, salientou que repensar os processos de PMA tendo com mais clareza os efeitos e as causas têm proporcionado uma evolução dos resultados esperados e, mais que isso, garantido a possibilidade de compreender como se dá o impacto das atividades desenvolvidas na vida dos beneficiários.
Já para Eliel Freitas Júnior, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) do Mato Grosso do Sul, as oficinas do CAIS “são uma oportunidade de a equipe refletir sobre os instrumentos que construímos para monitorar nossos trabalhos e, principalmente, em como conseguimos evidenciar os efeitos das nossas ações”.
O processo de formação em Planejamento, Monitoramento e Avaliação do CAIS continua e a terceira etapa está prevista para acontecer em outubro deste ano.
CAIS | Centro de Assessoria e Apoio a Iniciativas Sociais