"Contribuir com o fortalecimento das Organizações Sociais na perspectiva da defesa dos direitos e da transformação social, construindo parcerias e dando visibilidade a práticas sociais inovadoras".

Campanha Solidária “Mãos que se dão com os pés no chão” leva ajuda para indígenas em Santarém

Diante da pandemia que avança também nas comunidades indígenas, as populações precisam de ajuda para conter o vírus e tratar seus doentes.

Sensíveis ao cenário de instabilidade da população, em especial das pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social, o Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Arquidiocese de Santarém, somam-se às muitas iniciativas de solidariedade. Com o slogan “Mãos que se dão com os pés no chão”, a ação busca multiplicar os gestos solidários nas comunidades neste momento de enfrentamento do combate ao Coronavírus (COVID-19).

A Ação Solidária é uma atividade dialogada entre as duas equipes de Pastorais e a instituição Católica MISEREOR, no intuito de fortalecer as ações de solidariedade da Arquidiocese de Santarém, até as comunidades do campo e aldeias, acompanhadas pela CPT e CPP, exatamente neste momento pelo qual a população passa por dificuldades e limites devido à pandemia. A primeira etapa da ação atendeu 100 famílias das comunidades indígenas de Ipaupixuna, Açaizal, São Francisco da Cavada, Amparador e São Pedro do Palhão no Planalto Santareno. As cestas básicas, material de limpeza e máscaras foram entregues às famílias, acompanhados de um informativo contendo as principais orientações de prevenção para o enfrentamento da Covid-19, produzido pelo Conselho Indígena Tapajós Arapiuns (CITA).

As máscaras, num total de 180, foram confeccionadas pelo Departamento de Mulheres da Associação do Bairro Pérola do Maicá (AMBAPEM). A ação solidária também contou com o apoio da Secretaria de Saúde Indígena (SESAI) polo SANTARÉM.

Com a campanha solidária “Mãos que se dão com os pés no chão”, o Conselho Pastoral dos Pescadores e a Comissão Pastoral da Terra reafirmam seu compromisso com as comunidades, de ser presença solidária ecumênica e fraterna junto aos povos indígenas, comunidades tradicionais, pescadoras e pescadores e camponesas e camponeses, em defesa dos seus territórios e da vida.

Os problemas enfrentados por algumas famílias das comunidades rurais e aldeias indígenas despertaram a atenção dos agentes das equipes da CPT e CPP sobre as dificuldades que algumas pessoas passaram a ter para escoar e vender seus produtos na cidade, ou mesmo de comercializar com intermediários que faziam compras nas comunidades ou aldeias, isto levou várias famílias a terem maiores dificuldades. O acesso a produtos de limpeza ficou mais difícil, obrigando os comunitários a irem com maior frequência à cidade, com isso aumentando os riscos de contaminação dentro das aldeias. Mesmo na cidade, itens como o álcool em gel não é encontrado com facilidade e por conta da alta demanda do produto, os preços sofreram reajustes durante a pandemia.

Diante disto, a inicaitiva se propõe a minimizar os danos provocados pela pandemia dentro das comunidades e aldeias, buscando levar até as famílias mais carentes, produtos alimentícios e materiais de higiene e limpeza, além, de reforçar as orientações de cuidados de prevenção contra o novo coronavírus. Pretende-se também alcançar outras comunidades onde as pastorais atuam.

Baseado na proposta da Campanha da Fraternidade 2020, a Igreja Católica, junto as instituições e pastorais sociais, tem promovido relações de cuidado mútuo entre as pessoas, inspirados a não viver a indiferença e assumir a compaixão, apresentando-se como uma forma de cuidar, de rever o sentido da vida, para que as pessoas possam perceber que o amor, por mais que exija uma presença física, também consegue ir além. A Ação Solidária quer ser esse instrumento de incentivo ao cuidado coletivo, entre as pessoas, as comunidades, as famílias, a sociedade e a Casa Comum.

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CAIS e Misereor estão identificando e buscando dar visibilidade às boas práticas que estão sendo criadas e implementadas por suas organizações parceiras em resposta aos desafios do atual contexto de pandemia. O objetivo deste trabalho é contribuir para que tais práticas, ao serem conhecidas, animem e facilitem a luta por direitos  e sirvam de estímulo para fortalecer as redes de movimentos populares, pastorais e ONGs dedicadas a ações coletivas e solidárias.

Se a sua organização está desenvolvendo alguma iniciativa que pode inspirar e fortalecer outras ações e organizações, envie para a gente no e-mail: comunicacao@caisassessoria.org.br

Compartilhe informações e boas ideias!

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