O primeiro Grupo de Rap Indígena do país, o Brô MCs, vai participar de uma live cultural organizada por entidades que compõem o Comitê de Defesa Popular de Dourados e pelo movimento indígena.
A live cultural será transmitida neste sábado (13) e tem como objetivo a arrecadação de recursos através de doação em uma vaquinha virtual. Esses recursos serão revertidos para ações de enfrentamento aos efeitos da pandemia da COVID-19 nas comunidades indígenas de Dourados e região. Entre as ações está o suporte à manutenção de barreiras sanitárias que estão sendo organizados pelos próprios indígenas nas entradas e saídas das comunidades.
A pandemia nas comunidades
Além de arrecadar recursos, também pretende-se chamar atenção para as consequências da pandemia nas áreas indígenas, que têm sido desastrosas. Entre os Guarani Kaiowá já são mais 70 pessoas infectadas com a COVID-19 e, desde o início da pandemia, as comunidades enfrentam desafios como a fome, a ausência de água potável, a falta de equipamentos de segurança para as equipes de saúde que acessam as aldeias, entre outros. Vale ressaltar que Dourados possui a maior reserva indígena urbana do país, com mais de 17 mil habitantes, além das áreas de retomadas.
O grupo
A pandemia também teve consequências para o próprio grupo Brô MCs, que teve sua agenda de shows suspensa por conta das medidas de segurança. Assim, eles pretendem iniciar participações em lives, como muitos outros artistas tem feito nesse período. A de sábado será a primeira e, junto dela, vem essa intenção de dar visibilidade para a luta e resistência das comunidades. O Brô MC’s foi criado em 2009 e é formado por Bruno Veron, Clemerson Batista, Kelvin Peixoto, Charlie Peixoto, Higor Lobo e Dani Muniz.
Organização
As organizações e movimentos sociais que compõem o Comitê de Defesa Popular tem articulado ações de solidariedade nos últimos meses, como arrecadação e doação de cestas básicas, produção e distribuição de máscaras, campanhas de conscientização e orientação sobre a COVID-19, sendo a live cultural mais uma dessas iniciativas. Quem assume a organização é a ADUEMS (Sindicato de Docentes da UEMS), com apoio da ADUF (Sindicato de Docentes da UFGD), do SIMTED (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados), assim como do movimento indígena através da Aty Guasu Guarani Kaiowá, da Kunãngue Aty Guasu e da Retomada Aty Jovem.
Como participar
A live será transmitida neste sábado (13) às 19h, no horário local, pela página no Facebook dos Brô MCs e pelo canal do grupo no YouTube, assim como na página da ADUEMS no Facebook e no YouTube. Já a vaquinha virtual para doações pode ser acessada aqui.
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CAIS e Misereor estão identificando e buscando dar visibilidade às boas práticas que estão sendo criadas e implementadas por suas organizações parceiras em resposta aos desafios do atual contexto de pandemia. O objetivo deste trabalho é contribuir para que tais práticas, ao serem conhecidas, animem e facilitem a luta por direitos e sirvam de estímulo para fortalecer as redes de movimentos populares, pastorais e ONGs dedicadas a ações coletivas e solidárias.
Se a sua organização está desenvolvendo alguma iniciativa que pode inspirar e fortalecer outras ações e organizações, envie para a gente no e-mail: comunicacao@caisassessoria.org.br
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CAIS | Centro de Assessoria e Apoio a Iniciativas Sociais